
Por: Rafael Ademir
Perduram por aqui alguns indivíduos que são alvos de grande admiração de minha parte. Como conseguem, no passar da segunda década de vida, ainda decifra-la com o mesmo pensar de uma criança de dez anos? Tudo, ou quase tudo, é visto como uma grande brincadeira, um eterno sonho infantil em um grande parque de diversões.
Suas brincadeiras demonstram a grande ignorância em que estão imersos [submersos, subalternos, subdesenvolvidos e outros “subs”]. Ignoram a milenar construção religiosa de um cristianismo, de um espiritualismo, brincam com as mágoas de outros indivíduos [e para se acharem superiores, criam algumas], a morte, a dor, a agonia são enredos de um desenho animado que passa longe de suas vidas, tudo é alegria, são prostitutas alegres, coitadas em sua ignorância. Tudo é muito simples para os simplórios, medíocres, medianos, medi-ânus.
São exemplos de últimos homens, escravos por excelência, livres por ilusão, exemplos do que não devemos ser, são heróis de uma juventude ainda mais imbecilizada por enlatados internacionais e nacionais. Enganadores, dissimulados, mentem para todos ao seu redor [eu te amo, eternamente, francamente, veementemente, vê e mente e mente] e para si mesmos [eu sou alguém, eu existo, eu penso, eu peso, eu faço a diferença, eu não sou imbecil] e assim passam suas vidas em uma ilusão, a vida é uma ilusão regada a álcool, sexo barato [e ruim, vazio, esdrúxulo, inócuo, infecundo, imbecil] e drogas [desenhos, joguinhos, seres acéfalos de vagina, falsas amizades e uma falsa construção acadêmica].
Já leram todos os livros, mas não falam de nenhum, já fizeram estória, mas não falam de nenhuma, já sentiram dores, mas não respeitam a do próximo [sentiram então, de verdade?], já marcharam para uma guerra e voltaram sem nenhum arranhão. Como pode, um ser que não tem sensibilidade nenhuma do mundo a sua volta, conceber outro mundo?
Inutilidade, imbecilidade, descrença [em si, primeiramente], palhaços, prisioneiros, futilidade, acéfalos, ratos escaldados, vergonha [somos da mesma raça], perseguição, sempre falhos, enferrujados, em desuso, enforcados, amarrados, produzidos em massa [fábrica dos alienados], sanguessugas, sujas, violadas.
Estes são vocês, que não existem como homens. São algo entre os vermes e as baratas, medrosos, correndo dos fantasmas.
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