
Samuel Lima [1]
O tempo de minha narrativa se instaura no meio da cidade que avançou sobre a floresta Amazônica. Encantos e mistérios, poderosa natureza que vem ensinando o homem, maior e magnânima, a deusa das amazonas me apresenta uma de suas mais belas guerreiras.
O tempo de minha narrativa se instaura no meio da cidade que avançou sobre a floresta Amazônica. Encantos e mistérios, poderosa natureza que vem ensinando o homem, maior e magnânima, a deusa das amazonas me apresenta uma de suas mais belas guerreiras.
Este humilde discípulo, que de bem longe caminhou, veio guiado pelo vento, pela madeira e pelas notas musicais. Este discípulo que boa sorte de amor deixou para trás, resgata sopro de vida ao encontrar-se com tão bela senhorita, tornou-se então o tempo fugaz e logo nos separamos.
Eis que vem, pelas veias da memória, o tempo novamente te traz: Reconstrói se os teus cabelos, cobrindo como a noite, o tímido toque, sua energia, encostamos a cabeça no ombro d’outro, mergulhamos um n’outro, carinhos singelos, mãos sobre cabelos, cheiros, sensos, o todo desaparece, o real se mistura em um devaneio material e sensível.
Um vento tropical bate, antecede uma grande chuva, um estrondo que ecoa por toda a mata. E o som vem ecoando, vem e bate em meu corpo, que estremece, um sorriso toma minha face. Quero para mim aquele vento, aquele som, aquele cheiro, aquela, ela, você.
[1] Músico, 20 anos, toca viola clássica na Orquestra da Tim em Belém do Pará, Violista do Trio da Banda Tenebrys, discipulo do renomado músico russo Sergei Firisanov, membro fundador da orquestra evangélica ASAFE de Porto Velho.
Dedico o texto a minha namorada, Rita Cereja e a todos meus irmãos, especialmente Rafael Ademir, meu 'irmão ogro'.


