sábado, 26 de abril de 2008

A "razão perfeita" Parte I


Por: Rafael Ademir Oliveira de Andrade.



O homem tanto se “enche de si” por ser possuidor da razão. Entretanto apenas troca seus instintos primitivos para reagir a estímulos sociais diversos. Para se definir levianamente algo, não é necessariamente preciso que se seja possuidor desta coisa, é somente preciso que tenha se observado o objeto por um determinado tempo, assim como posso descrever movimentos sociais de forma leviana, apenas convivendo, mas só irei descreve-lo de forma exata no momento em que fizer parte dele, pois há, inserido no contexto, um sentimento que não compartilho e a ciência não me permite sentir, apenas observar utilizando-se de experiências de acordo com um método. Assim é a razão, é visualizar o objetivo (função, essência) das coisas de forma clara, se perguntar: Para que faço isso? Por que faço isso? E aí por diante.


Nem todos os homens são perfeitos usuários da razão, perfeitos racionais. Muitos apenas respondem a estímulos simples, como dançar coisas sem sentido, fingir ser intelectual, transar com a mulher mais atraente (simplesmente para satisfazer o ego) e outras coisas mais. Nunca deixamos de ser animais, só que agora vivemos em uma selva de pedra, caçando as outras espécies, mas principalmente nós mesmos, a chamada “civilização” não existe, a humanidade não existe como benevolente característica comum dos seres humanos. Na natureza se diz: lute contra o inimigo! E na civilização se diz: lute contra o inimigo! Mas a questão não é de vida ou morte somente, é por orgulho e acumulo.



Trocou-se a cultura de região da idade média, onde as pessoas se identificavam pelo local ou família que tenha nascido, pela cultura de classe na era industrial, onde as pessoas se identificavam pela classe social a que pertenciam. Enfim, agora nada temos, com o mundo globalizado, a aldeia global, sintetizamos todas as culturas em algo esdrúxulo que gira em torno do capital e suas marcas, o homem virou marca, o homem virou máquina. E nesta “coisificação” (termo de uma amiga) ele transforma a todos que o cercam em “coisas” também para que ele possa consumir sem ter o peso na consciência que foi consumido, assim inicia-se um ciclo semi-infinito que só se encerra no momento anterior a morte do individuo onde ele percebe que sua vida não valeu nada, que no final, é um produto ultrapassado sendo jogado no lixo. São como gado que só percebem que irão morrer quando estão na fila do abate, isto quando percebem.

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3 comentários:

Unknown disse...

Bom... gostei dos textos, de verdade *-*

Só nao estendo pq as coisas estão sempre acompanhadas de ruivas gost... ops, bonitas, rsrs...

um abraço aos in - existentes

xD

Rafael Ademir disse...

O que é belo
deve ser acompanhado do belo...rsrs

Mas, assim, nas fotos,muitas pessoas podem ser belas, mas,no convívio,a coisa muda.

Então, fiquemos bem.

william disse...

muito bem escrito e desenvolvido isso mostra a vontade que tem em pesquisar e organizar um txto como esse , vai longe garoto , força