quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Hell-Equin


Sou um cavaleiro do inferno
No útero, com a pena na mão
escrevi dentro de mamãe
literatura é terrorismo!
Rasgando a carne lentamente
escrevi com sangue
Chorou amargamente
"Pari um libertino"
Não mostrou mais os dente
Aos 12 me disse esperançosa:
Nem prostituto, nem escritor
vai ser juiz ou doutor!
Ah, feto infeliz
Segue nessa vida rançosa
Fazendo o que não te condiz
Rasgando a pele com mentiras
Sorrindo para a meretriz
Que não te faz feliz
E nela tu não goza
Segue tua vida, imbecil sem honra
Sem justiça, sem vontade de ser justo
Calmo, confiante, descrente em quase tudo
Creia apenas na pena que veio contigo
Escrever é teu alívio e castigo!